pesquisadores de Catanduva descobriram fósseis raros de dinossauros

Exclusivo: famoso paleontólogo afirma que pesquisadores de Catanduva descobriram fósseis raros de dinossauros
Catanduva tornou-se um sítio arqueológico. Catanduvenses são amadores, mas a descoberta de fósseis trouxe à cidade uma das maiores autoridades do país no assunto

Notícias 23/01/2011 | Por AntônioSérgio RSilva(Barbosa) Atualizado em 23/1/2011 12:55h





Com as escavações de máquinas na Rodovia Pedro Monteleone para fazer túneis e pontes na duplicação da pista, dois catanduvenses, pesquisadores amadores, descobriram um sítio arqueológico nas pedras tiradas do subsolo. A descoberta de fósseis de dinossauros trouxe à Catanduva uma das autoridades em paleontologia conhecida no mundo todo. Dr. Max Cardoso Langer, phd pela University of Bristol, nos Estados Unidos da América, formado pela USP, reside em Ribeirão Preto e é vice presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia.

Tudo começou quando Laércio Fernando Doro e seu cunhado, Edvaldo Fabiano dos Santos, num trabalho voluntarioso de pesquisa, encontraram arenitos (pedras) nas terras tiradas por máquinas que fazem a duplicação da rodovia. Nesses arenitos, que colheram, fotografaram e catalogaram, foram detectados sinais de fósseis e encontrados ossos de dinossauros. Num desses momentos, por coincidência, passava por ali um aluno de Max Langer, que ia de ônibus para Ribeirão Preto. O ato de pesquisar chamou a atenção desse aluno, que parou no local e se inteirou das descobertas dos catanduvenses.

De posse de todas as informações e fotos, a descoberta foi enviada a Max Langer, que estava no Canadá, e ao Museu de Paleontologia de Monte Alto. “Assim que viu e analisou as fotos, Max disse que se tratava de fósseis raros de dinossauro, provavelmente de um mamífero, e que Catanduva situa-se numa região do Grupo Bauru”, disse Laércio. As cidades de Monte Alto e Ribeirão Preto também estão nesse grupo. O museu de Monte Alto é conhecido em todo o país.

Para reconhecer o terreno e fazer análise in loco do material colhido, o interesse de Max foi tanto que veio a Catanduva sábado, dia 22 último, juntamente com Fabiano Iori, de Monte Alto, e Júlio César Marsola, da USP. “Foram coletadas novas amostras e levadas à laboratório para análises detalhadas.

Segundo análise visual feita pelos três especialistas, trata-se com certeza de fósseis do Período Cretácio dos Dinossauros, que viveram nesta região há 70 milhões de anos”, explicou Laércio.

Laércio faz questão de ressaltar que ele e o cunhado são leigos no assunto, mas sua descoberta trás a Catanduva uma das autoridades de maior conhecimento em paleontologia do país, e faz da cidade novo ponto de exploração de fósseis de dinossauros, tão raros no mundo.


Os fósseis


As pedras recolhidas e catalogadas pelos catanduvenses são de tamanho pequeno, mas trazem incrustadas sinais e ossos antiqüíssimos, de uma era vivenciada nesta região.

Uma presa de dinossauro, um vértebra de dinossauro herbívoro, ossos de aves pré-históricas, grande quantidade de arenitos com fósseis e até uma machadinha indígena foram encontrados no novo sítio arqueológico desta região, dentre centenas de outros achados.


Um museu

Laércio sugeriu que essas descobertas, que atraíram atenção do famoso paleontólogo, podem fazer surgir em Catanduva, daqui a algum tempo, um museu, tal qual existe em Monte Alto, para que sejam guardadas e preservadas essas peças valiosas para o mundo da paleontologia.


http://portal.giseleonline.com.br/capa/lenoticia.asp?ID=5384 acesso em 31/03/2011

Comentários

  1. Adorei ver a noticia de nossa descoberta NESTE BLOG, gostaria de registrar aqui que autoridades municipais de onde foram encontrados os fóssseis fizeram pouco caso do achado, ainda bem que paleontólogos se interessaram, tornando válida nossa (cansativa)pesquisa.

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