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Mostrando postagens de 2014

Paz: estamos fazendo isso errado

A tolerância dos brasileiros com a violência estrutural no país não deveria ser compatível com a condenação de massacres internacionais. Historicamente, pacificação no Brasil significa ordem instituída por violência Rodrigo Elias Quem senta no banco da virtude, normalmente não consegue saber como será sua próxima tarefa. Peter Sloterdijk Qualquer um que acreditou que o Brasil é um país pacífico deve estar hoje muito desapontado. Um bom índice para a reação à “descoberta”, por amplos setores da sociedade brasileira, da violência estrutural na qual vivemos é a nossa mídia tradicional, que anda assustada desde a emergência de protestos maciços no ano passado e dos seus desdobramentos em movimentos mais pontuais e crescentemente agressivos – agressividade, aliás, em grande parte despoletada pela violentíssima e desastrada ação das forças oficiais de segurança, também tomadas de “surpresa”. Basta, para termos uma ideia do desconforto, darmos uma olhada nos jornalões de São Paul

Índios querem suas terras de volta no município de São Paulo

Leonardo Sakamoto 19/04/2014 http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/04/19/indios-querem-suas-terras-de-volta-no-municipio-de-sao-paulo/Último acesso em 21/04/2014

'Herói' Tiradentes nunca se colocou a favor da abolição da escravidão e deve ser alvo de piadas

Luiz Carlos Villalta Especial para o UOL 21/04/2014 Joaquim José da Silva Xavier é um daqueles heróis que "colaram" na memória popular. Enforcado aos 21 de Abril de 1792, foi entronizado no panteão nacional pela República e muito especialmente cultuado sob a última ditadura que vivemos, entre 1964 e 1985. O fato de ter sido um militar de tropa paga, com patente de alferes (leia-se, subtenente), certamente tem a ver com essa entronização e a exacerbação das celebrações em sua homenagem. Talvez sua naturalidade mineira tenha colaborado para reforçar esse processo de mitificação, que poderia ter alcançado personagens militares de outros movimentos do passado colonial de maior enraizamento social e impacto político, como foram a Conspiração dos Alfaiates, na Bahia, em 1798, e a Revolução Pernambucana, de 1817. Arrisco a conjecturar, portanto, que a celebração do alferes Tiradentes exprime a importância que Minas Gerais teve e tem na vida política nacional - e, alto lá, aqui