A República, a morte do Imperador e as mudanças no país
A 15 de novembro de 1889, soou o golpe republicano que depôs o soberano D. Pedro II. No exílio, ele viveria dois anos penosos e tristes. Tendo rejeitado os 5 mil contos que o governo republicano lhe oferecera, ficou em sérias dificuldades financeiras. Ao chegar a Lisboa, perdeu sua esposa, a imperatriz D. Teresa Cristina a 28 de dezembro de 1889. Ficou profundamente abalado: “Ninguém imagina a minha aflição! Somente choro a felicidade perdida de 46 anos. […] não sei o que farei agora. Só o estudo consolará a minha dor”, anotou, comovido, em seu diário. Muitos monarquistas e pessoas de relações próximas afastaram-se dele, depois da queda. Conta seu biógrafo, José Murilo de Carvalho que, com todos que o visitavam, recusava-se a discutir política brasileira ou restauração da monarquia. Enterrava-se nos livros para evitar o sofrimento. Em outubro de 1891, hospedado no modesto hotel Bedford, em Paris, viu agravar-se seu estado de saúde. Uma pneumonia atacou os pulmões. Os médicos ...